quarta-feira, 29 de junho de 2011

Pensando o Taylorismo

Taylorismo

            Taylorismo ou Fordismo tratam-se duas formas de organização de produção dentro de uma concepção desenvolvida por Frederick W. Taylor (1856-1915) e Henry Ford (1863 – 1947). Esses dois sistemas visavam à racionalização extrema da produção e, consequentemente, à maximização da produção e do lucro, uma concepção de produção, baseada em um método científico de organização do trabalho.



            Nos âmbitos dessa concepção, o trabalho foi fragmentado, pois cada trabalhador passou a exercer uma atividade específica no sistema industrial. A organização foi hierarquizada e sistematizada, e o tempo de produção passou a ser cronometrado.

Algumas caracteristicas do Taylorismo ou Fordismo:
- Racionalização da produção.
- Economia de mão-de-obra.
- Aumento da produtividade no trabalho.
- Corte de “gestos desnecessários de energia” e de “comportamentos supérfluos” por parte do trabalhador.
- Acabar com qualquer desperdício de tempo.




Desde então, essa concepção está entranhada nas sociedades, cada vez mais tempo é uma mercadoria, e o trabalhador, que “vende” seu serviço (ou “mão-de-obra”), portanto, seu tempo, tem a incumbência de cumprir com suas tarefas no menor tempo possível, para que possa produzir mais e mais.

            Um ícone para ilustração do Taylorismo é o filme clássico “Tempos Modernos” de Charles Chaplin, em que o trabalhador passa a efetuar movimentos repetitivos e bem elementares, com o ritmo imposto pelas máquinas, e por quem as comandava.



Taylor entendia que a hierarquização evitava a desordem predominante do tempo no qual a organização ficava por conta dos trabalhadores. Separou, dessa forma, o trabalho manual do trabalho intelectual, dividindo os funcionários entre aqueles que eram pagos para pensar de modo complexo (planejar), e aqueles que eram pagos, e mal pagos, para executar.

Dessa forma, com esse tipo de “mão-de-obra”, não é exigida a escolarização. O trabalho sistemático faz dos “trabalhadores” peças descartáveis, aptas a seres substituídas por peças de reposição iguais, em série, que não faltam.

Isso gera tamanha economia na gratificação e no reconhecimento dos trabalhadores, pois a maioria deles situa-se num processo em série, repetitivo e isoladamente sistemático, gerando um serviço sem qualificação.




“Quanto mais o trabalhador
produz, menos tem de
consumir; quanto mais valores
cria, mais sem valor e
desprezível se torna; quanto
mais refinado o seu produto,
mais desfigurado o trabalhador;
quanto mais civilizado o
produto, mais desumano o
trabalhador; quanto mais
poderoso o trabalho, mais
impotente se torna o
trabalhador; quanto mais
magnífico e pleno de
inteligência o trabalho, mais o
trabalhador diminui em
inteligência e se torna escravo
da natureza.”
Tempos Modernos. Charles Chaplin
(MARX, Manuscritos econômico filosóficos. 2004.)

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